sexta-feira, 29 de maio de 2020

Preparadoras especializadas em marcas criam carros exclusivos

preparadoras

Audi, BMW, Ferrari, Lamborghini, Mercedes-Benz e Porsche. Sonho de muitos, esses carros poderiam ser citados por fãs como “perfeitos e sem defeitos”, mas há outros tantos que acreditam que sempre dá para melhorar um pouco mais uma receita já boa. E para isso surgem as preparadoras.

Estas empresas surgiram ao redor do mundo para dar um toque extra e exclusivo para alguns carros. Seja de potência, acabamento e, em alguns casos, devido à extensão das preparações, eles ganham uma nova numeração de chassi do governo.

Com o tempo, as preparadoras foram se especializando em determinadas marcas e se tornaram referências para os aficionados. E também para as próprias montadoras. Isso garante que suas modificações mantenham a garantia original dos veículos quando são zero-km e tenham chancela como “parceira oficial”.

Para isso, elas têm verdadeiros departamentos de engenharia que em nada deixa a desejar para as próprias montadoras. Focadas em desempenho ou customização, podem focar seus esforços em cada detalhe e extrair o melhor de cada veículo que fazem, na maioria das vezes sem a preocupação tão restrita do custo das marcas.



ABT

Fundada em 1967 por Johann ABT, na Alemanha, a empresa começou trabalhando com diversos carros, entre eles o Fiat 500. Na década de 1970, com o lançamento do Golf, a empresa se destaca pela preparação do hatch da VW para corridas. A partir dos anos 90, quando a divisão de competição assume a operação da Audi em uma categoria de turismo na Alemanha.

Com vitórias e recordes, a preparação de carros de rua se torna um projeto natural. A parceria das pistas rende também nas ruas com projetos como a RS6-R Avant. O modelo preparado pela companhia entrega 740 cv e 93,8, mkgf. A velocidade máxima ficava em 320 km/h. Apesar da representatividade dos projetos Audi, a empresa faz também de outras marcas do grupo VW, como VW, Seat e Skoda. A parceria continua nas pistas no DTM e também na Fórmula E, de monopostos elétricos.

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BRABUS

Brabus

Falar de Brabus é falar de Mercedes-Benz. Criada em 1977, em Bottrop, por Bodo Buschmann, a empresa surgiu para modificar os carros da marca alemã e desde então não parou mais. Ela é uma das que tem licença do governo alemão para vender os produtos com um novo número chassi. Tanto é que os carros não trazem nenhum logotipo da Mercedes, mas sim da Brabus.

Entre as estrelas da companhia estão as preparações para o jipão G63 AMG da Mercedes. Rebatizado de Brabus 800, o grandalhão entrega 800 cv e 101,9 mkgf com mudanças no motor V8 4.0 biturbo. Em 2002, ela começou a preparar também os compactos da Smart, empresa do mesmo grupo da Mercedes. A empresa oferece ainda mudanças em acabamento, suspensão e freios, além de vender rodas com desenhos exclusivos à parte para quer manter seu “Mercedes”. A empresa está trabalhando já na preparação do EQC, o SUV elétrico da Mercedes.

ALPINA

Alpina

Fundada em 1965, a Alpina é sinônimo de requinte onde alguns clientes acreditam que a BMW possa deixar a desejar. A empresa assim como a Brabus, tem direito a um novo número de chassi nos produtos que desenvolve e é conhecida por além de melhorar em termos de desempenho os carros da marca bávara, também dedicar mais requinte ao acabamento dos veículos.

O produto mais recente da empresa é a sua própria versão do SUV X7. Batizado de XB7, é o mais próximo que pode existir de um X7 M, que a BMW diz não ter interesse em produzir. O motor V8 4.4 biturbo foi apimentado para chegar aos 621 cv e 81,5 mkgf. Originalmente, ele tem 530 cv. Uma marca da Alpina são as rodas raiada “palito” de raios finos. Uma curiosidade é o fato de ela ter uma “divisão” de vinhos, a Alpina Wine. Ela é distribuidora oficial de vinhos, champanhes e azeites na Alemanha e em outras regiões da Europa.

OETTINGER

Oettinger

Já pensou em uma preparadora que ficou famosa por causa de um Fusca? Pois bem. Esse é o caso da Oettinger. Ela foi criada em 1951 por Gerhard Oettinger com o nome de Okrasa, a abreviação de Oettingers Kraftfahrttechnische Spezialanstalt, algo como “Instituto de engenharia automotiva do Oettinger”. O nome guardava uma “piada”. A época, havia um remédio que prometia melhorar o desempenho masculino chamado Okasa.

Sua fama vem do sistema de carburadores duplos que melhoravam o desempenho dos VW a ar da época, incluindo é claro, o Fusca. Ele também projetou o primeiro motor 16V para produção em massa, que viria a equipar o Golf. O hatch é, por sinal, o principal produto modificado pela companhia até hoje. Há versões de até 400 cv baseadas no Golf R de 310 cv originais. Ela oferece kits também para Audi, Seat e Skoda. Diferentemente das outras, ela se foca mais na mecânica e menos no visual. No Brasil, os kits dela estão disponíveis para o motor 1.4 turbo de T-Cross, Jetta e as versões GTI de Polo e Virtus, via importadora Strasse, entre outras opções e para outros carros.

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RUF

RUF

A história da RUF começou em 1974 pelas mãos de Alois Ruf Jr, que assumiu a empresa deixada pelo pai. Especializada em Porsche, mas não todos, apenas o 911, a companhia fez sua fama melhorando o que é tido como um dos mais perfeitos esportivos do mundo. O primeiro modelo melhorado surgiu em 1975. Assim como a Brabus e a Alpina, ela tem registro para vender seus carros preparados com uma nova numeração de chassi.

Com um histórico de engenharia, a empresa trabalhava os motores da Porsche, criava novas peças, instalava novas transmissões com mais marchas, entre outras melhorias aos produtos com redução de peso com confecção de portas, capô e outras partes em novos materiais. O ponto alto da empresa são as gerações do CTR (Carrera Turbo RUF). A primeira surgiu em 1987 e com 470 cv atingiu a velocidade máxima de 342 km/h.

Passados 30 anos a companhia criou a terceira geração do modelo, para celebrar o aniversário. Porém, o novo modelo foi 100% concebido pela RUF e tem apenas a aparência de um Porsche com destaque para detalhes retrô como os faróis mais em pé, tal qual o CTR original. Com monocoque de fibra de carbono e motor boxer 3.6 biturbo desenvolvido pela própria empresa ele entrega 710 cv e 89,7 mkgf. O câmbio ainda é manual de seis marchas e tração, traseira. As suspensões são ao estilo “Push Rod”, como as usadas na Fórmula 1. Por dentro o modelo também guarda estilo retrô em homenagem ao original.

NOVITEC

Novitec

Rosso, vermelho em italiano. Finalmente uma preparadora que não é alemã nesse texto! Errado, caro leitor. Baseada em Stetten, na Alemanha, o grupo Novitec surgiu em 1989, especializado em carros italianos. Obviamente o que fez o sucesso da companhia, foram as modificações em modelos da Ferrari. Contudo, no início a empresa fazia também modelos da Alfa, Lancia e até da Fiat.

Hoje, além da marca de Maranello, a empresa também se tornou referência da arquirrival, a Lamborghini, e também para a Maserati. Uma das adições mais recentes ao portfólio da companhia foi a McLaren. O que faz ela trabalhar, basicamente, com superesportivos. Novas rodas, peças aerodinâmicas, potência extra e escapamento sistemas de som únicos fazem da Novitec reconhecida mundo afora. Uma das mais recentes criações é um pacote que eleva a potência do McLaren Senna de 800 para 902 cv.


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