Estratégias de marketing jurídico para tempos de crise
A tecnologia dominou a sociedade moderna, os meios de comunicação foram ampliados, as informações repercutem com mais facilidade. E diante desse cenário, o bom posicionamento de mercado na esfera empresarial pode ser um grande desafio. Apesar disso, este posicionamento não é apenas uma tendência, como tem se mostrado uma necessidade, sobretudo em momentos de crise no mercado jurídico. E por essa razão, damos dicas de como utilizar o marketing jurídico em seu escritório.
Inicialmente, é preciso ter em mente que ser uma referência de mercado agora é uma atividade muito fácil de ser realizada, no entanto, ser copiado pela concorrência também. Com isso, a quantidade de empresas que entregam no mesmo serviço tem se tornado algo cada vez maior.
Em contrapartida, em um mercado com consumidores exigentes, que analisam preço, qualidade e, em alguns casos, os meios de exclusividade, investir em estratégias para conquistar o interesse e a atenção dos clientes tornou-se fundamental.
Por isso, o marketing jurídico vem conquistando cada vez mais espaço na vida de profissionais e escritórios de advocacia. Afinal, ele tomou conta das relações comerciais e é com ele que é possível saber o perfil demográfico do público-alvo.
Neste artigo vamos falar sobre o real significativo do marketing jurídico e como ele pode ser utilizado na prática. Então, se você tem interesse em ampliar a gama de oportunidades do seu negócio, continue lendo!
O que é marketing jurídico?
O marketing jurídico consiste em um conjunto de técnicas e estratégias que, juntas, tem como objetivo melhorar o relacionamento com o cliente a ponto de fidelizá-lo. Nesse contexto, essa ferramenta é fundamental para garantir o sucesso de qualquer escritório.
Diante disso, o marketing jurídico não é valioso apenas para grandes centros empresariais, como as indústrias de molde de injeção de plástico, mas também para um advogado ou profissional autônomo, independente do estágio de carreira.
Como mencionamos anteriormente, os hábitos de consumo mudaram significativamente com o avanço da internet e o fácil acesso a informação. Por isso, é preciso adaptar-se a nova era tecnológica e, principalmente, ao ambiente digital.
Além disso, o advogado que seja manter-se ativo no mercado precisa acompanhar as novas tendências, transformações e atualizações do mercado digital. Claro, isso seguindo as normas estipuladas no Código de Ética da OAB.
O que é limitado pelo Código de Ética da OAB?
Antes de mais nada, é necessário lembrar que embora o Código de Ética da OAB possua algumas limitações, é um equívoco considerar a proibição do marketing jurídico.
Na verdade, a Ordem apoia esse tipo de estratégia, desde que as ações estejam de acordo com os princípios éticos vigentes, afinal, as normas não tem como objetivo limitar o direito de divulgação, mas sim garantir a integridade do profissional e tudo o que ele representa.
Sendo assim, o Código de Ética da OAB determina que a promoção e a divulgação do trabalho sejam feitas de maneira discreta, envolvendo apenas conteúdos informativos.
Claro, a advocacia não é uma atividade mercantil, o tipo de marketing permitido para os profissionais do ramo não aborda os mesmos critérios de outros nichos, como as áreas comerciais.
Pensando nessa linha de raciocínio, as normas deixam de ser uma limitação para o profissional e passam a ser extremamente assertivas, certo? Sendo assim, confira agora mesmo como fazer marketing jurídico seguindo o Código de Ética da OAB:
4 estratégias do marketing jurídico
Agora que você já sabe que é possível trabalhar com o marketing jurídico, mesmo com as limitações da OAB, que tal aprender como aplicar essa ferramenta no seu negócio? Confira!
1. Defina o público-alvo
Para alcançar o público ideal do seu negócio, é imprescindível saber como encontrá-lo e qual a melhor maneira de criar uma comunicação mais próxima a ela e utilizá-la nas demais estratégias de marketing jurídico.
Aliás, isso acontece por meio da coleta de dados demográficos, como:
- Faixa etária;
- Renda;
- Gênero;
- Profissão;
- Preferências;
- Necessidades.
Para exemplificar esse processo, vamos imaginar que o seu escritório de advocacia é formado por um grupo de advogados matrimoniais. Pensando nisso, o seu público-alvo pode ser constituído por casais na faixa dos 40 anos, sem filhos, sócios em uma empresa de corte a laser, entre outras variáveis.
Além disso, como você deve trabalhar com conteúdo informativo, é preciso conhecer o tipo de artigo que é necessário produzir. Nesse momento, você pode se basear em um persona, ou seja, um personagem fictício que reflete as características do público do seu negócio.
2. Escolha canais
Agora que você já sabe para quem direcionar os seus conteúdos, é necessário definir um canal por onde ele será compartilhado. Afinal, o canal pode ser decisivo na sua estratégia de marketing jurídico. No entanto, isso depende dos meios de comunicação que o seu público utiliza, pois só assim você consegue atingi-los.
O e-mail marketing é uma ferramenta valiosa para compartilhar conteúdos. Afinal, não são os consumidores que contam com um perfil nas redes sociais. Em contrapartida, a grande maioria tem acesso a alguma plataforma de correio eletrônico.
Com uma boa campanha de e-mail marketing, você consegue disseminar conteúdos textuais ou multimídias. No entanto, outros canais também apresentam bons resultados, como o Facebook, WhatsApp e outras redes que permitem o contato personalizado com o cliente.
Para se ter uma ideia, há alguns anos atrás, esse tipo de veículo poderia ter a sua utilização limitada pelo Código de Ética da OAB. Porém, atualmente, é comum identificar empresas ou profissionais que aplicam essa modalidade.
3. Crie conteúdo
A criação de conteúdo é um dos princípios do marketing jurídico atual. Diante disso, esse é o momento de analisar os desejos, necessidades e preferências dos clientes, com o objetivo de selecionar o tipo de conteúdo que será abordado.
Seguindo o exemplo que mencionamos acima, em relação aos advogados matrimoniais, o conteúdo a ser produzido pode abordar uma temática da área de atuação, ou seja, um artigo sobre ‘’Como funciona o sistema de separação de bens’’, por exemplo.
Vale mencionar que no ramo industrial, por exemplo, os profissionais produzem conteúdos voltados às suas atividades, como funciona produção de uma caixa de contenção de água, e assim por diante.
Além disso, é possível relacionar a pauta de acordo com as dúvidas mais frequentes dos clientes, como, por exemplo ‘’O que considerar antes de assinar um contrato de regime pré-nupcial’’, entre outros assuntos.
4. Faça um bom marketing de relacionamento
O relacionamento é a base do sucesso de qualquer negócio – principalmente no ramo da advocacia. E não pode ser esquecido dentro das estratégias de marketing jurídico. Sendo assim, é imprescindível definir os métodos de abordagem, a construção de um relacionamento contínuo e os meios de interação úteis para os clientes.
Dessa forma, para ampliar a carteira de clientes, é preciso pensar em uma estratégia assertiva, que estimule a aproximação e a interação do cliente com a marca.
Sendo assim, você pode desenvolver uma ação estratégica da seguinte forma: disponibilizar canais de contato para responder as dúvidas, marcar reuniões de acompanhamento, disparar e-mail, encaminhar conteúdos, entre outros.
Por fim, o marketing jurídico não pode configurar a captação de clientes ou comercialização da profissão, como determina o Código de Ética da OAB.
Esse artigo foi escrito por Beatriz Barros, Criadora de Conteúdo do Soluções Industriais.
Quer ficar por dentro das novidades sobre marketing para escritórios de advocacia? Faça seu cadastro e receba os materiais exclusivos do SAJ ADV diretamente em seu e-mail.
O post Marketing jurídico: o que é e como utilizar? apareceu primeiro em Blog do SAJ ADV: planilhas, Novo CPC, marketing e gestão na advocacia.
Marketing jurídico: o que é e como utilizar? publicado primeiro em: https://blog.sajadv.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.