Depois de tantos anos ofertando o Chevette ao consumidor brasileiro, chegava a hora de a Chevrolet lançar um modelo mais moderno e inovador no mercado. Foi aí que, por meio de um trabalho da engenharia da General Motors do Brasil, nascia o Corsa Sedan. A missão era árdua, afinal, não seria fácil substituir um veículo de sucesso, que produziu mais de 1 milhão de unidades ao longo de seus 20 anos de vida útil.
O Corsa Sedan pegou emprestado a plataforma do irmão hatch, nascido um ano antes com base no Opel Corsa B segunda geração. Cabe salientar que a família era, ainda, composta pelo modelo quatro portas, pela perua Wagon e, também, a configuração Pick-Up. Respectivamente, os dois últimos entravam no lugar da Marajó e da Chevy 500.
Como principais características, o Corsa Sedan mantinha a mesma cara da configuração base, porém, contava com coluna C mais inclinada (e reforçada) e um visual traseiro completamente novo. O porta-malas (um dos principais atributos do Chevette) foi de 260 litros (hatch) para 390 litros (sedã). No total, o comprimento cresceu em 30 centímetros – chegando a 4,18 metros.
No mais, o modelo trazia atrativos que iam além de linhas arredondadas. Tinha motor com injeção eletrônica de combustível, a boa distância entre-eixos de 2,49 metros (a mesma do hatch) e para-choques pintados na cor da carroceria. Na configuração base, o componente era pintado em preto.
Motorização do Corsa Sedan
Inicialmente, em novembro de 1995, o Corsa Sedan , nas versões GL e GLS, utilizava o motor 1.6 EFI 8V que equipava a versão picape. E foi por meio da injeção eletrônica multiponto (MPFI) que o sedãzinho foi capaz de desenvolver 92 cv – eram 79 cv na picape. A velocidade máxima divulgada pela GM era de 176 km/h.
Para auxiliar a locomoção, estava disponível, de início, apenas o câmbio manual de cinco marchas. Entretanto, em agosto de 1997, a montadora apresentava a opção com câmbio automático de quatro marchas para o três-volumes.
Os equipamentos oferecidos pelo novato faziam a diferença à época. Comando elétrico para travas e vidros, faróis de neblina e rodas de liga leve com 14 polegadas estavam na lista da versão topo de linha. Como opcionais, ar-condicionado, direção hidráulica e freios ABS eram diferenciais.
Chevrolet passa a disponibilizar opção 1.0
Mas foi em 1998 que o Corsa Sedan passou a oferecer uma versão com motor 1.0. Foi batizada com o sobrenome Super. No ano seguinte, chegou a primeira reestilização do modelo, com pequenas alterações de estilo, e um novo motor de 1 litro, com 16V e 10 cv a mais.
Mas foi em 2002 que chegou a nova geração do Corsa. Tanto hatch quanto o sedã ficaram, mais uma vez, alinhados à oferta europeia. Contudo, isso não foi suficiente para tirar o velho sedã de linha.
Rebatizado como Chevrolet Corsa Classic (apenas Classic um ano depois), o três-volumes viveu até agosto de 2016, quando custava a partir de R$ 32.670. Sua única motorização, desde 2007, era a 1.0 VHC E, de 70 cv.
O responsável oficial por substituir o sedã compacto foi o Prisma Joy, que mantinha o visual do Onix de primeira geração, mas não repetiu o mesmo sucesso. Afinal, o derivado da família Corsa é considerado o sedã mais vendido da General Motors do Brasil de todos os tempos, com aproximadamente 1,6 milhão de unidades comercializadas entre 1995 e 2016.
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