O listão de hoje é sobre nomes de carros antigos. E não sobre quaisquer nomes: a ideia é explicar o que querem dizer números, códigos e outros caracteres aparentemente misteriosos que batizam alguns modelos. Na verdade, todos eles têm um significado.
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Na relação, entraram apenas automóveis antigos, com no mínimo 30 anos de fabricação. Ademais, todos os veículos enumerados são nacionais. Confira o listão!
1. Volkswagen 1.600 TL
Referências a características mecânicas são relativamente comuns em nomes de carros, tanto antigos quanto novos. Um dos pontos mais destacados pelos fabricantes é a cilindrada dos motores. Há vários exemplos na indústria nacional, como Dodge 1.800, Alfa Romeo 2.300 e FNM 2.000.
A Volkswagen chegou a utilizar a cilindrada para batizar toda uma linha: são os veículos 1.600, formada por sedã (apelidado de Zé do Caixão), a perua Variant e o fastback TL.
Pois bem, já está claro o significado de 1.600. E TL? Significa Touring Luxo. Trata-se de um mome para reforçar uma imagem de sofisticação com alguma esportividade, que a Volkswagen queria transmitir ao lançá-lo.
2. Volkswagen SP1 e SP2
Muita gente pensa que o nome dos cupês esportivos seria uma homenagem ao Estado de São Paulo, onde está localizada uma das fábricas daVolkswagen. Ocorre que a explicação oficial da marca alemã na época do lançamento foi outra: as letras SP seriam as iniciais de Sport Prototype.
Ambos os modelos compartilhavam a mesma carroceria e, visualmente, eram praticamente idênticos. Porém, tinham diferenças no motor e no interior.
O número após a sigla de Sport Prototype serve justamente para diferenciá-los. O SP1 era equipado com uma unidade 1.6 refrigerada a ar e tinha o habitáculo um pouco mais simples. Já o SP2 dispunha de propulsor 1.7 e era mais sofisticado.
3. Volkswagen Karmann Ghia TC
O design elaborado pelo famoso estúdio Ghia e a construção feita especialmente pela encarroçadora Karmann sempre resultou em belos cupês. O nome era uma clara referência ao papel das duas empresas na criação do veículo. Mas, e o modelo TC, o segundo e último dessa dinastia produzido no Brasil?
Nesse caso, a sigla TC significa Touring Coupé. É interessante destacar que o modelo chegou ao mercado em 1970, ao mesmo tempo que o TL (Touring Luxo, lembra-se?) e que o Fusca 1.500. Assim, os três são carros antigos contemporâneos e nacionais da Volkswagen, com certas semelhanças até nos nomes.
Enquanto o primeiro Karmann Ghia nacional era idêntico ao similar europeu, o TC era uma exclusividade local. O designer é ninguém menos que Giorgetto Giugiaro, ainda no início da carreira, quando integrava a equipe do estúdio.
4. Fiat 147
Já se perguntou porque o 147 tem esse nome? Simples: é o código do projeto, que acabou dando nome ao produto final. Inclusive, o modelo é baseado no hatch 127, que foi produzido na Itália.
Boris Feldman dirige uma das primeiras unidades do Fiat 147 movidas a álcool. Assista!
Contudo, o primeiro Fiat nacional acabou sofrendo várias modificações, que resultaram em um nome próprio. Design, suspensão e motor são diferentes do “irmão” europeu.
Vale destacar que a fabricante italiana utilizou esse recurso para dar nomes a vários de seus carros, embora quase todos, hoje, já estejam antigos: é que tal estratégia deixou de ser utilizada há algumas décadas. Embora desconhecidos no Brasil, outros mercados conheceram os modelos 124, 126, 128, 131, etc.
5. Chevrolet C-1416
O utilitário mais famoso que a Chevrolet fabricou no Brasil foi lançado em 1964, mas só passou a se chamar Veraneio em 1969. Durante os primeiros 5 anos, o modelo era conhecido como C-1416.
Naquela época, a Chevrolet identificava picapes e utilitários com a letra C. Além da C-1416, havia também a C-1404 (picape de chassi curto), a C-1414 (com cabine dupla) e a C-1505.
Posteriormente, o fabricante simplificou as coisas e passou a chamar as picapes de C-10. A Veraneio, também devidamente rebatizada, seguiu carreira até 1989, quando ganhou uma nova geração.
6. Gurgel X-10/X-12
Com a letra X, João do Amaral Gurgel homenageou os índios Xavantes. Afinal, é com a inicial dessa tribo que o empresário batizou alguns dos carros que criou. Começou com o XTC, que acabou virando X-10. Dele, veio o X-12, mais evoluído.
Embora o X10 e o X-12 fossem fruto de modificações em um mesmo projeto, outros modelos da linha Xavante tinhas características bastante distintas. Era o caso, por exemplo, do X-15, que tinha carroceria própria, maior e com quatro portas. Ou ainda do X-20, uma picape bastante particular.
No fim das contas, os nomes dessa linha de carros são tão brasileiros quanto a própria Gurgel, extinta como fabricante, mas sempre lembrada pelos apreciadores de antigos.
Fotos: Divulgação
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