quarta-feira, 15 de julho de 2020

As 9 piores economias para fazer no carro

Você já deve ter lido e ouvido muito isso na vida: ter um automóvel não é só por gasolina e andar. Carro demanda não só manutenção regular, como também cuidados até na hora de abastecer e trocar o óleo. Por isso, querer poupar a carteira depois de comprar um veículo pode trazer problemas que farão você coçar o bolso muito mais a médio prazo.

1. Revisões fora das concessionárias

Essa vale principalmente para carros 0 km. É preciso fazer as manutenções obrigatórias nas concessionárias para não perder a garantia de fábrica do veículo. As revisões geralmente são a cada 10.000 km e a maioria das marcas adota política de preço fixo.

Ou seja, os valores podem ser consultados nos sites das montadoras antes mesmo de você comprar o automóvel. Para modelos seminovos e usados que já passaram da garantia, manter as revisões nas revendas valoriza o carro na hora de trocá-lo lá na frente.

2. Manutenção apenas corretiva

Se você tem carro com mais de três anos de uso e já passou da garantia, nada de esperar aparecer problema para levar o carro na oficina. Geralmente, quando o veículo dá sinais, é que o estrago já é grande e a conta para o reparo será maior.

Faça uma revisão no seu seminovo a cada 10.000 km, mesmo que em oficinas independentes. Cheque freios, óleo, velas, fluidos, mangueiras, parte elétrica, pneus e suspensão. Procure mecânicos de confiança e estabelecimentos com equipamentos modernos, para fazer a diagnose correta de eventuais problemas. Se o carro tiver mais de oito anos, aconselha-se fazer manutenção a cada 5.000 km.

3. Óleo fora das especificações

O lubrificante recomendado pelo fabricante do seu carro é sintético e caro? Pois não caia na tentação de trocar por um óleo mais barato e fora das especificações. Um exemplo: usar produto de viscosidade diferente vai comprometer a lubrificação e o bom desempenho do motor.

Isso vai aumentar o atrito entre as peças metálicas, diminuir a vida útil dos componentes do conjunto, afetar o rendimento do motor e aumentar o consumo de combustível. Além disso, contribui para a formação da temida borra do motor que, em casos extremos, pode exigir uma retífica lá na frente.

E nada de só completar, mesmo que com lubrificante com a mesma especificação. Essa mistura de óleo novo e velho acaba por diminuir a capacidade de o produto manter o motor limpo.

Escolher o óleo do carro exige atenção
Fique atento ao escolher o óleo certo para o seu carro (Foto: Shutterstock)

4. Acessórios não originais

Quer aquela central multimídia com aquele som de trio elétrico do carnaval baiano em seu carango 0 km que acabou de sair da loja? Faça isso na própria concessionária. Colocar itens não originais ou não homologados pela fábrica faz, de cara, você perder a garantia do carro 0 km.

Além disso, acessórios não originais podem comprometer o próprio funcionamento do veículo. O som mais potente ou o farol de neblina mais irado demandam bateria com outra amperagem, ou podem comprometer toda a parte elétrica do carro. Um spoiler na traseira vai aumentar o consumo de combustível e afetar a dinâmica veicular. Até mesmo aquele “ar instalado”, que é mais barato, não só pode roubar potência a mais do motor, como vai desvalorizar seu automóvel na hora da revenda.

5. Peças recondicionadas

Isso é outra bomba que sai barata na hora de fazer, e depois explode como uma granada de custos. Deve haver muito critério no uso de peças reaproveitadas, recondicionadas ou usadas. Em sistemas de freios, suspensão e direção, é melhor descartar esse tipo de equipamento, assim como nos pneus.

Primeiro, muitas vezes é difícil saber a procedência. Segundo, não se sabe ao certo por quanto tempo aquele item foi usado e de que forma. A durabilidade da peça será mais curta e ela ainda pode comprometer o funcionamento de outros equipamentos do carro.

6. Pneus reaproveitados

Muitos motoristas recorrem à recauchutagem e à remoldagem de pneus para poderem economizar. Mas isso põe em risco não só o pleno funcionamento do carro, como a segurança do proprietário e de seus passageiros.

A recauchutagem é um reparo que reaproveita a carcaça de um pneu danificado, com aplicação de borracha e um processo químico chamado vulcanização ao longo de toda a superfície de contato da peça. Já o pneu remoldad é um processo de troca da borracha da banda de rodagem, ombros e laterais.

Esses pneus reformados têm vida útil menor. Se pneu novo aguenta 60 mil km, os remoldados vão rodar, no máximo, 40 mil km – perda de mais de 30%. Com os recauchutados, é pior: duram a metade que um pneu novo. Além disso, tais pneus não seguem os testes e especificações do fabricante, podendo comprometer o consumo do carro e a dirigibilidade do veículo.

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7. Roda desamassada

Não é recomendado consertar rodas de aço se estas estiverem amassadas e a indicação de especialistas é comprar uma peça nova. O desamasso e desempeno não vale para rodas de liga leve. E se houver trincas ou quebra nos aros  – dos dois tipos -, o melhor é descartá-los. Isso porque o conserto vai maquiar a parte danificada, mas o defeito pode causar danos na suspensão e nos freios no dia dia. Além disso, a roda pode se quebrar em alta velocidade e causa um acidente fatal!

8. Gasolina barata demais

Vale ficar atento a postos que cobram bem menos pelo litro da gasolina do que a média da vizinhança. Combustível batizado compromete o funcionamento do motor, acelera o desgaste das peças do conjunto e aumenta o consumo de lubrificante e de… combustível.

9. Mentir para o seguro

Não tente fazer um perfil diferente do seu para tentar baratear a apólice. Muita gente omite que o filho vai usar o carro ou que tem garagem no prédio para gastar menos. As companhias de seguro têm mecanismos para avaliar o uso do automóvel e podem negar o pagamento do sinistro.

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