Prestes a mudar, a Chevrolet S10 está completando 25 anos de Brasil. Nesse período foram feitas 1 milhão de unidades. A picape fabricada em São José dos Campos (SP) teve 750 mil unidades vendidas no mercado interno e 250 mil destinadas a exportação.
Atualmente a S10 é oferecida em três opções de carroceria, duas de motor e câmbio e cinco níveis de acabamento. Há cabine dupla, simples e chassi. Os motores são 2.8 turbodiesel de 200 cv e 2.5 flexível de até 206 cv. O câmbio pode ser manual ou automático de seis marchas e há tração 4×2 e 4×4 com acionamento elétrico. As versões são LS, Advantage, LT, TLZ e High Country.
A S10 renovada chegará em breve ao mercado. As atualizações ficarão restritas à dianteira. Um dos destaques é a grade com formato de colmeia e aspecto mais esportivo. Além disso, a barra que atravessa a grade agora foi duplicada. Isso formou um “sanduíche” da gravata, que é o símbolo da marca. Na parte inferior a colmeia tem formato maior e um aplique de plástico cromado simula um protetor de motor.
Antes de conhecer a história dos 25 anos da S10 no País, você sabia que a GM pretende acabar com algumas versões e modelos atualmente à venda no Brasil por causa da crise do Coronavírus? Leia mais aqui.
História da S10
O modelo que começou a ser produzido no Brasil em 1995, é derivado da S10 norte-americana, que tinha um estilo mais esportivo e distância em relação ao solo menor, dependendo da versão. Além disso, a “gringa” tinha uma versão realmente mais esportiva, a SS10, que era rebaixada, tinha rodas mais largas e uma frente diferente.
A nacional estreou com cabine simples e motor quatro cilindros de 2,2 litros a gasolina de 106 cv. O câmbio era manual de cinco marchas e o freios ABS nas rodas traseiras era um opcional. No ano seguinte, em 1996, chegava a opção de cabine estendida. A S10 ganha 37 cm de entre-eixos para oferecer espaço para dois bancos traseiros escamoteáveis sem perder a capacidade de caçamba.
Junto com a nova carroceria chegavam outras opções de motores. A primeira é o 2.5 turbodiesel de 95 cv, o que permitiu a S10 atender a capacidade de carga de 1 tonelada pela primeira vez; a segunda é o até hoje aclamado V6 Vortec, de 180 cv. Se o número não é grande coisa mesmo para a época, ele era suficiente para oferecer um desempenho esportivo a picape além de ter “espaço” para preparações, o que ainda faz as pessoas o procurarem para projetos.
Cabine dupla foi criada para o Brasil
Em 1997, chega a versão cabine dupla, uma exclusividade do mercado nacional. Com ela surgia a versão Executive de acabamento mais refinado e mais equipamentos. Essa versão ficou marcada pela pintura preta com detalhes dourados e itens como o banco do motorista com ajuste elétrico.
Para 1998, o motor 2.2 a gasolina ganha injeção eletrônica multiponto (MPFI) o que eleva a potência para 113 cv. Surgia também a série especial Champ 98, em celebração a Copa do Mundo de Futebol, na França. Neste ano, a tração 4×4 passava a estar disponível para todos os modelos, o que fazia mais sentido se tratando de uma picape.
Tapinha no visual
Sem mudança de plataforma, em 1999, a Chevrolet fazia a primeira reestilização da picape. Mudavam pequenos detalhes na dianteira como para-choque, grade e faróis. Em termos de equipamento, a S10 passava a oferecer air bag para o motorista e freios ABS nas quatro rodas, mas ainda opcionais.
O motor turbodiesel foi substituído por um novo, de 2,8 litros. Agora estavam disponíveis 132 cv e 34 mkgf. Segundo a GM, a aceleração de 0 a 100km/h baixou de 15 segundos para 11s.
Outras mudanças foram a adoção de molas parabólicas no lugar das semielípticas na suspensão traseira para oferecer mais conforto. Na versão V6 a picape ganhava a opção de câmbio automático de quatro marchas para a versão Executive com controle de velocidade.
“Nova geração” em 2000
O Salão do Automóvel de 2000, em São Paulo, foi a casa da estreia da “nova geração”. O modelo na verdade teve profundas mudanças, mas mantinha a base da picape original de 1995 ainda. Contudo, todas as novidades permitiram configurar a S10 como uma nova geração, a terceira, dizia a GM.
Ali, a picape ganhou novos faróis, grade, lanternas, para-choque, capô e para-lamas. Por dentro, mudavam painel de instrumentos, console central, acabamento e revestimento dos bancos. O air bag do passageiro era um novo opcional. O motor a gasolina 2.2 ganhou alterações e passou a ser um 2.4 de 128 cv.
Em 2002, o V6 Vortec também recebeu melhorias e pulou dos 180 cv para 192 cv. No mesmo ano as versões de entrada recebiam ar-condicionado. Vale lembrar que até o início dos anos 2000, o ar-condicionado era uma comodidade disponível apenas para modelos mais caros e mesmo assim nas versões mais completas, como prova a S10.
Motor flexível chega como novidade
Com uma nova reestilização em 2006 que aumentava a grade, alterava o formato, adotava moldura nos para-lamas, a S10 fazia o possível para se manter relevante sem mudar. Atrás, na tampa da caçamba, ela adotava em letras garrafais o nome da marca, como ocorria em modelos americanos. No ano seguinte era a vez da tecnologia flexível ser adotada no motor 2.4. Agora rodando com etanol, ele rendia até 147 cv.
Em 2009 vinha mais um tapinha no visual para garantir a sobrevida, já que uma nova geração ainda parecia fora do radar da GM. A gravata da GM na cor dourada passava a ser adotada neste ano e usada até então. Em 2010, a série especial Rodeio retorna como uma versão fixa da linha e traz GPS e sensor de estacionamento como acessórios disponíveis. Ela encerrava a produção em janeiro de 2012, com cerca de 500 mil unidades produzidas.
Quarta geração da S10
Em 2011, no Salão de Buenos Aires, na Argentina, surgia o conceito da nova S10. Em conformidade com os mercados globais, a nova e quarta geração surge em fevereiro de 2012. Com a mesma cara da “irmã” Colorado, que tem dimensões semelhantes, mas é o modelo vendido nos EUA – com destaque para a maior capacidade de reboque que a S10.
Entre as novidades da nova geração estavam o novo motor turbodiesel 2.8 de 180 cv e 47,8 mkgf. Já no ano seguinte, 2013, para equiparar as rivais, o motor receberia melhorias e passou para 200 cv e 51 mkgf, números mantidos até hoje.
Em 2014, a nova S10 abandona o 2.4 flexível para as versões mais completas em detrimento do novo 2.5 Ecotec flexível. Ele chega com até 206 cv e 27,3 mkgf. O 2.4 é mantido apenas nas versões de entrada LS. A picape também recebe uma nova calibração da suspensão – que a deixa mais “suave” pulando menos no asfalto.
High Country, a Executive do século XXI
No aniversário de 20 anos, em 2015, ela ganha a versão High Country, que se torna a nova versão de topo. Com estribos laterais e um santantônio integrado, ela tem um acabamento de luxo. Em termos práticos ela se torna a S10 Executive do século XXI.
Em 2016, o motor 2.4 sai de linha na picape e a central multimídia MyLink passa a oferecer integração com Android Auto e Apple CarPlay. Ela também recebe alerta de colisão frontal e de saída da faixa de rodagem. Os faróis passam a trazer luzes de LEDs diurno. E o motor tem acionamento remoto pela chave.
Para 2017, a novidade é a opção de câmbio automático com o motor bicombustível. Na versão turbodiesel, um sistema batizado de CPA (Centrfigal Pendulum Absorber) é instalado. Ele é uma espécie de coxim na ligação entre motor e transmissão que reduz vibração e ruídos. Na prática, serviu para diminuir os trancos quando o motorista acelera com vigor e nas retomadas.
A picape ganharia em 2018 a edição Midnight, com acabamento escurecido em toda a cabine e carroceria. Foi o primeiro modelo no País e depois a GM estendeu para outros carros da linha, como Cruze e Tracker. No ano passado, a S10 passou a contar com controle de tração e estabilidade em toda a gama, desde a entrada.
Chevrolet S10 celebra 25 anos com 1 milhão de unidades produzidas apareceu primeiro em: https://jornaldocarro.estadao.com.br
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