De repente você vai com o carro para a estrada asfaltada e percebe que em velocidades maiores o volante começa a dar uma trepidada; vibra na suas mãos entre 90 km/h e 100 km/h.
Se você leva o carro a uma velocidade um pouquinho acima, a trepidação desaparece.
São sinais claro de um desbalanceamento numa das rodas dianteiras, e a providência que você imagina (e também os outros indicam) é levar o carro para o balanceamento das rodas.
Porque neste caso, aumenta a probabilidade de uma pedrinha ter se encaixado no sulco de um pneu. E a solução é simples e barata: removê-la com uma chavinha de fenda.
A orientação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de suspender, durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), o cumprimento das prisões por dívida alimentar é aplicável também aos casos de recalcitrância, quando o alimentante, mesmo preso, insiste em não pagar a pensão.
O entendimento foi reafirmado pela Terceira Turma para suspender ordem de prolongamento da prisão – de 60 para 90 dias – de um pai que, segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), demonstrou indiferença no cumprimento da obrigação alimentar e descaso com a possibilidade de permanecer mais tempo recluso.
Ao revogar liminar anteriormente concedida e ampliar em 30 dias o prazo da prisão civil, o TJRJ entendeu que o alimentante estaria privando os filhos dos meios necessários à sobrevivência apenas para atingir a ex-companheira, o que justificaria a prorrogação da medida cautelar.
Legal, mas suspensa
O relator do pedido de habeas corpus no STJ, ministro Moura Ribeiro, destacou que a jurisprudência do tribunal considera que, decretada inicialmente a prisão cautelar do devedor de alimentos pelo prazo mínimo, caso demonstrados a recalcitrância e o desinteresse no cumprimento da obrigação – como foi apontado pelo TJRJ –, não há impedimento de que o prazo de prisão civil seja prorrogado, até o limite máximo de 90 dias.
O ministro ressaltou que, em razão do atual cenário da pandemia, mesmo quando se verifica a legalidade da ordem de prisão por falta de pagamento da pensão, a Terceira Turma tem considerado mais prudente determinar a suspensão de seu cumprimento, em respeito à dignidade da pessoa humana e devido ao significativo risco de contágio nos estabelecimentos prisionais.
(Com informações do Superior Tribunal de Justiça – STJ)
A Nissan confirmou que irá encerrar a produção do compacto March na fábrica de Resende (RJ) a partir de setembro. A montadora anunciou a decisão “como parte natural do ciclo de vida do produto e (também) de adequação de sua capacidade de produção à realidade do mercado”. Fator que reforçou o fim do hatch foi a pandemia do novo coronavírus.
O March registrou entre janeiro e julho de 2020 o seu pior desempenho em vendas desde a estreia no fim de 2011. Apenas 2,2 mil unidades foram emplacadas no período. O volume é mais de 11 vezes menor que as 25 mil unidades entregues entre janeiro e julho de 2012; melhor ano comercial do hatch.
Inicialmente importado do México, o hatch da marca japonesa foi nacionalizado três anos depois. Ele sai de linha após seis anos de mercado e não terá um sucessor. Por enquanto, a fábrica sul-fluminense se dedicará à produção do Kicks, campeão de vendas da marca no país, e do V-Drive, a versão antiga/atual do Versa.
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Com a saída do hatch compacto, a Nissan planeja focar na produção de SUVs. Um dos modelos cotados para chegar ao Brasil é o Magnite, utilitário menor que o Kicks e feito sobre a mesma base do Renault Kwid.
O modelo, porém, ainda está em fase conceitual e deve demorar um pouco a estrear. Antes do “mini Kicks”, a montadora japonesa lançará em nosso mercado a nova geração do sedã Versa, que virá importada do México, e a reestilização do Kicks, que deverá ter como principal novidade uma inédita versão híbrida a etanol, batizada de e-Power.
A versão ecológica do Kicks já foi apresentada na Tailândia. O modelo traz um motor 1.2 a gasolina de três cilindros e 129 cv de potência, que atua como gerador para as baterias de íons de lítio. Estas alimentam o motor elétrico responsável por mover o SUV. A tecnologia foi desenvolvida no Brasil e no Japão, com base no protótipo SOFC.
Quem assistiu a Pantera Negra deve ter reparado em um dos carros utilizados no filme. Sobre o capô, o super-herói inicia uma perseguição durante uma viagem à Coreia do Sul. Quem dirige o veículo é a irmã do protagonista, de maneira remota: na verdade, ela está ao volante de uma versão holográfica. Você sabe qual é o modelo em questão? É o Lexus LC 500.
A caso é que, ao contrários dos carrões utilizados por outros super-heróis, o Lexus LC 500 é um modelo de produção regular. O do filme, claro, tem algumas exclusividades, como a carroceria pontada em um chamativo tom de azul. Há também uma estilização das garras do Pantera Negra (interpretado por Chadwick Boseman) nas laterais.
Lexus LC 500 personalizado
O detalhe mais interessante é que os consumidores dos Estados Unidos puderam adquirir um exemplar idêntico ao utilizado nas filmagens. A Lexus produziu 100 unidades do LC 500 Black Panther Inspired: o motor, um V8 5.0 de 473 cv de potência e 53,7 kgfm de torque, é igual ao do modelo convencional.
Só não espere que a série especial traga a lataria confeccionada em Vibranium. Trata-se de um metal fictício produzido no também figurado reino de Wakanda, terra-natal do Pantera Negra. Esse país, aliás, é riquíssimo em recursos naturais, e a resistência extraordinária desse elemento é que faz o esportivo resistir a diversos danos durante as cenas.
Outras exclusividades do modelo são as rodas de 21 polegadas forjadas, enxertos em fibra de carbono e interior personalizado. A má notícia é que, se você estiver interessado, terá que recorrer ao mercado de usados: todas as 100 unidades foram vendidas em 2018.
A BMW iniciou as vendas da nova versão da esportiva S 1000 RR com pacote M. A superesportiva é o primeiro modelo de duas rodas da companhia alemã a trazer a chancela da divisão Motorsport (M), até então destinada apenas aos carros da companhia. Montada em Manaus (AM), ela chega às lojas a partir de 21 de setembro por R$ 118.750. A S 1000 RR Premium sai por R$ 98.750.
Com o pacote M ela é oferecida apenas na cor de competição da BMW, o tricolor (azul, vermelho e branco). Essa cor não está disponível para a S 1000 RR convencional. O pacote M inclui rodas de fibra de carbono, bateria de lítio, assento esportivo e balança traseira e amortecedor ajustáveis.
As novas rodas e a bateria reduziram o peso da moto em relação a S 1000 RR “convencional” em 3,5 kg. São 193,5 kg da versão com pacote M contra 197 kg da versão Premium. A balança é ajustável em distância e o amortecedor na altura. Por fim, há um modo de condução extra, o Pro Mode, para uso em pista.
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Esse modo de condução extra tem três níveis adicionais (Race Pro 1, Race Pro 2 e Race Pro 3). Eles podem ser ajustados pelo piloto em diferentes configurações. Além disso, ele traz o controle de largada (launch control) e o limitador de velocidade para uso no pit-lane de autódromos.
A S 1000 RR pacote M mantém ainda, é claro, os modos de condução básicos: rain, road, dynamic e race. Há ainda controle de tração (DTC) e anti-wheeling, que evita que a moto empine em acelerações mais fortes em movimento e o controle de freio motor, entre outros.
O motor não tem diferenças em relação ao que já é oferecido no País. É um quatro cilindros de 999 cm³ que rende 207 cv a 13.500 rpm e 11,5 mkgf a 11 mil rpm. O câmbio é de seis marchas com quick-shift para subir e reduzir marcha sem acionar o manete de embreagem.
De olho no público PCD, a Volkswagen manteve o T-Cross Sense como parte da linha 2021. Por isso a versão tem preço sugerido a partir de R$ 69.990, dentro, portanto, do limite de isenção de impostos, que é de R$ 70 mil. Veículos até esse valor podem ser adquiridos com isenção integral do IPI e do ICMS por pessoas com deficiência.
Para ter preço dentro das regras de isenção para PCD, o T-Cross Sense 2021 perdeu itens importantes em relação à linha 2020. É o caso das rodas de liga leve de 16 polegadas e da central multimídia. Agora, os dois equipamentos passam a ser vendidos como opcionais (confira a lista mais abaixo).
Até mesmo o emblema 200 TSI, alusivo ao motor motor 1.0 turbo, foi removido. O três-cilindros flexível gera 20,4 mkgf de torque. Já o câmbio automático de seis velocidades foi mantido. Com isso a marca consegue manter o SUV competitivo. Para boa parte do público PCD, a caixa automática é imprescindível.
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O “empobrecimento” do T-Cross Sense faz todo sentido. As fortes vendas para o público PCD (nada menos que 70%) garantiram ao T-Cross o posto de carro mais vendido do Brasil em julho. Foi a primeira vez na história que um SUV conquistou o topo do ranking. O Volkswagen desbancou o Chevrolet Onix, líder de emplacamentos desde 2015.
Apesar dos itens suprimidos, a versão Sense do T-Cross mantém o forte apelo no quesito segurança. O Volkswagen vem de série com seis air bags, controles eletrônicos de tração e de estabilidade e assistente de saída em rampa. Ar-condicionado, direção com assistência elétrica, retrovisores, travas e vidros elétricos nas quatro portas também estão no pacote.
Os equipamentos retirados do T-Cross Sense na linha 2021 serão oferecidos nos seguintes pacotes:
Essential: Tampão do porta-malas, jogo de tapetes, soleira de alumínio e sensor de obstáculos na traseira; Tech: Emblema 200 TSI na tampa do porta-malas, central multimídia com conexão com os sistemas Android Auto e
Apple CarPlay e câmera na traseira; Style: Rodas de liga leve de 16 polegadas com parafusos antifurto e capas dos parafusos das rodas;
Sem alarde, a Fiat voltou a oferecer o furgão Doblò Cargo FL. Fora da gama da marca havia quatro anos, o modelo, focado em frotistas e pequenas empresas, tem preço sugerido a partir de R$ 89.990. Com a instalação de todos os opcionais disponíveis, a tabela pode chegar a R$ 96.640.
O compartimento de carga tem capacidade de 3,2 m³. O motor é o conhecido 1.8 flexível de quatro cilindros que, com etanol, gera até 139 cv de potência. O torque máximo é de 18,9 mkgf a 4.500 rpm também quando o Fiat é abastecido apenas com o combustível de origem vegetal. O câmbio é manual de cinco marchas.
Na comparação com o furgovan para passageiros, a variante Cargo do Doblò é bem mais simples. Como se trata de um modelo de uso comercial, o objetivo é tornar seu preço o mais competitivo possível. Até por isso o modelo é oferecido apenas com carroceria pintada de branco.
Doblò Cargo leva 620 kg
O Doblò Cargo FL tem 4,25 metros de comprimento. O modelo pode levar duas pessoas e 620 kg de carga. O compartimento, aliás, tem porta lateral deslizante (do lado do passageiro). Isso facilita o manejo de mercadorias e objetos grandes. O vão livre entre as caixas de roda é de 1,2 metro.
De série a versão vem com itens como direção com assistência hidráulica e ar-condicionado. Freios com ABS, air bag duplo dianteiro e banco do motorista com regulagem de altura também vêm de fábrica. Os vidros têm acionamento elétricos e há pré-disposição para instalação de sistema de som.
Na relação de opcionais, o destaque é o Pack Connect. Esse pacote traz rádio com entrada USB e conexão via Bluetooth, além de volante multifuncional revestido de couro. O preço sugerido é de R$ 1.650.
Versatilidade para empreendedores
O Pack Vision é voltado a clientes que buscam mais versatilidade. Há porta lateral adicional (do lado do motorista), portas traseiras com janelas e divisória com janela entre a cabine e a área de carga. Esse pacote não sai por menos de R$ 5.000.
Esse kit também inclui limpador e desembaçador do vidro traseiro, retrovisor interno e sensor de obstáculos na traseira. Vale lembrar que quem quiser pode comprar apenas a porta lateral deslizante do lado do motorista. Esse item custa R$ 2.500.
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Um motorista aparentemente revoltado com os radares conseguiu piorar a situação ao ser flagrado por um: ele mostrou o dedo do meio, sim, fez aquele gesto! Ele estava dirigindo um BMW X5 em uma zona em que o limite era 70 km/h e ele passou a 81 km/h. O gesto obsceno ficou registado na fotografia tirada pelo radar.
Tudo isso aconteceu na Alemanha e as autoridades da cidade de Kulmbach não gostaram nada da gracinha do motorista. O resultado: uma multa que seria de 20 euros (R$ 130) foi para 1.500 euros (cerca de R$ 9.800)! Ela ficou 75 vezes mais cara.
Além do prejuízo, a carteira de motorista do jovem de 26 anos foi suspensa por um mês. O tribunal distrital de Kulmbach concordou com o veredicto de que o gesto do motorista era um insulto aos policiais de trânsito, então a multa foi imposta.
A Alemanha é conhecida por suas Autobahnen (ou Autobahn, no singular), estradas em que muitos trechos não têm limite de velocidade. Mas, cada vez mais, estão sendo impostos valores de velocidades em locais com algum tipo de fluxo urbano perto ou que habitualmente o fluxo fique retido.
O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários acolheu, em sessão de julgamento realizada no último dia 3 de agosto, defesa apresentada pelo ex-diretor administrativo e de relações com investidores da Brasil Alimentos S.A. (Brazal), Gualtiero Schlichting Piccoli, eximindo-o de qualquer responsabilidade.
A Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM acusava Piccoli de não elaborar no prazo as demonstrações financeiras do exercício de 2014 da companhia, o que, de acordo com a SEP, levou a empresa a não entregar o formulário de referência de 2015 nem as informações do primeiro trimestre deste mesmo ano. Com isso, conforme acusação, o diretor teria violado os artigos 176, caput, 132 e 142, IV, da Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/1976), e o artigo 21, I e X, da Instrução CVM 480.
Piccoli apresentou defesa demonstrando que a acusação apresentada pela SEP não traçava nenhuma relação entre suas condutas enquanto diretor da companhia e a irregularidade decorrente da ausência de entrega das demonstrações financeiras, porquanto além de não ser sua responsabilidade a apresentação de tais informes, não haveria qualquer indício de culpabilidade ou omissão de sua parte, que permaneceu menos de 9 meses no cargo. Ademais, arguiu que não tinha poderes para diligenciar no sentido de que os informes financeiros fossem elaborados, dado que em função de seu vínculo Celetista, não possuía autonomia de decisão, estando subordinado às decisões do Conselho de Administração.
O relator do caso, diretor Gustavo Machado Gonzalez, ao julgar a acusação apresentada pela SEP, entendeu por acatar a defesa apresentada por Piccoli, afirmando que “embora o regime geral da Lei n° 6.404/1976, em seu artigo 176, atribua a responsabilidade por fazer elaborar demonstrações financeiras a todos os diretores em conjunto, o Estatuto Social da Companhia reserva, em seu Artigo 22º, ao Diretor Financeiro a competência para “(vii) responder pela contabilidade financeira e pela elaboração das demonstrações financeiras da Companhia;” e de “(xi) apresentar trimestralmente ao Conselho de Administração e ao Comitê de Auditoria, caso instalado, o ITR, o relatório de custos, o relatório do auditor externo, o relatório do auditor interno terceirizado, a execução do orçamento e relatório de acompanhamento da Gestão Operacional”.”
Desta feita, Machado concluiu pela inocência de Piccoli, reconhecendo que a responsabilidade por elaborar as demonstrações financeiras deve recair, em princípio, sobre o diretor a quem o Estatuto Social atribui tal competência, sendo que tal cargo jamais foi ocupado pelo acusado.
Assim, Gustavo Machado Gonzalez votou pela improcedência das acusações apresentadas contra Gualtiero Piccoli, tendo os demais integrantes do Colegiado seguido o entendimento do relator.
Focado em mercados emergentes, o novo Citroën C3 já roda pela Índia. Conhecido como C3 Sporty, o modelo, que também será fabricado no Brasil, representa a primeira mudança feita pelo grupo PSA na plataforma CMP – base, aliás, do Peugeot 208 – para reduzir o custo de desenvolvimento e produção.
Mesmo sob forte camuflagem, pelas imagens, é possível notar alguns detalhes do novato. O conjunto óptico, em dois níveis, por exemplo, é bem ao estilo C4 Cactus. A iluminação é feita por LEDs e iluminação diurna (DRL) na parte de cima.
Atrás, destaque para a coluna “C” larga. Informações preliminares apontam para uma queda acentuada na linha de teto. Esse desenho segue a cartilha adotada pela Volkswagen no SUV-cupê Nivus. O novo Citroën, cujo codinome é C21, tem menos de 4 metros de comprimento e deve concorrer com o Magnite. O novo Nissan será feito em Resende, no Rio de Janeiro.
Novo C3 terá opção elétrica
A aposta é de que o novo C3 seja oferecido com motor a gasolina Puretech de três cilindros e 1,2 litro. O atual 1.6 de quatro cilindros também deve ser mantido. Mas o destaque vai para as versões elétricas, que terão potência em torno de 134 cv.
Uma dessas versões será alimentada por uma bateria de 50 kWh. Nesse caso a autonomia deverá girar em torno de 330 km. A Citroën deverá oferecer também uma opção mais barata, com bateria de 37 kWh. Para essa versão a autonomia será de, aproximadamente, 230 km.
A plataforma modular CMP dará origem ainda a um SUV compacto. O novo modelo substituirá o Aircross no mercado brasileiro. Um sedã também estaria nos planos da marca francesa.
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O Projeto de Lei 4036/20 quer estabelecer a gratuidade do exame psicotécnico do condutor com mais de 65 anos de idade que renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A proposta, do deputado Léo Moraes (Pode-RO), tramita na Câmara dos Deputados.
O texto insere a previsão da isenção no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que hoje exige que o público refaça o teste a cada três anos.
Léo Moraes lembra que os motoristas mais jovens só precisam renovar a CNH de cinco em cinco anos. A cobrança de taxas iguais para renovação do documento em tempo menor, segundo o deputado, onera os idosos.
O projeto é, na verdade, a reapresentação do PL 5383/09, do ex-deputado Arnaldo Faria de Sá, arquivado ao término da legislatura passada.
Aumento da validade da CNH
Tramita, no Senado, o Projeto de Lei 3267/19, que quer aumentar o intervalo para que condutores, incluindo idosos, precisem renovar a CNH.
De acordo com o substitutivo aprovado pela Câmara, a carteira terá validade de 10 anos para condutores com até 50 anos de idade. O prazo atual, de 5 anos, continua para aqueles com idade igual ou superior a 50 anos.
Já a renovação a cada três anos, atualmente exigida para aqueles com 65 anos ou mais, passa a valer apenas para os motoristas com 70 anos de idade ou mais.
A terceira geração da superesportiva BMW S 1000RR foi lançada no Brasil em 2019, produzida em Manaus (AM). A nova versão “M” do modelo, ainda mais exclusiva e esportiva equipada com componentes e pintura especiais, também vai desembarcar no Brasil, a partir de 21 de setembro, com preço sugerido de R$ 118.750.
A BMW demorou a entrar no segmento das superesportivas, dominado pelos modelos japoneses. Porém, assombrou o mundo quando apresentou, em 2009, a primeira geração da S 1000RR, equipada com motor de quatro cilindros em linha e um estranho visual assimétrico.
A carenagem não era espelhada. De um lado, aberturas como guelras de tubarão e farol redondo. De outro, farol trapezoidal e aberturas convencionais, formando um exótico conjunto. Entretanto, debaixo da carenagem, na parte técnica, um sofisticado conjunto mecânico, com muita eletrônica, incluindo freios, suspensões e quadro.
A terceira geração da S 1000RR mudou o visual, dentro do conceito nose down, tail up (nariz para baixo, traseira para o alto). A carenagem assimétrica foi substituída por formas mais convencionais, com faróis afilados e iguais, equipados com iluminação em LED. O conjunto mecânico também foi aperfeiçoado.
BMW M para as motos
A BMW criou a divisão M (Motorsport) em 1972 para preparar carros de competição e posteriormente carros de linha. Para se diferenciar, aplicou decoração especial nestes modelos, composta de barras com três cores. Azul, que representa a Baviera, estado sede da BMW, o vermelho que representa as competições e violeta, que simboliza a fusão das duas.
Somente agora, a BMW também vai estender a Divisão M para as motocicletas, iniciando pela S 1000RR que passa a ser batizada como M 1000RR, contando com um pacote de peças e equipamentos de alta performance.
Os modelos big trail R 1250 GS (cuja linha completa 40 anos) e S 1000 XR (derivada da S 1000RR), também devem ganhar o selo esportivo da divisão M. Contudo, a superesportiva S 1000RR, sai na frente com a vasta gama de itens de performance do pacote “M”.
S 1000RR: mais leve e mais potente
A terceira geração da S 1000RR, além do novo visual ficou mais leve em relação ao modelo anterior: 197 kg, com economia de 11 kg. Com a roupagem M, são 193,5 kg. Além da pintura pintura tricolor, ela tem de rodas, para-lamas e carenagem em fibra de carbono, escape 1,3 kg mais leve, banco especial e bateria em lítio 2 kg mais leve.
O motor de quatro cilindros em linha com 999 cm³, refrigeração a água e óleo, tem 16 válvulas em titânio e injeção com tubo de aspiração de comprimento variável. Ele fornece 207 cv a 13.500 rpm (8 cv a mais que a anterior) e um torque de 11,5 kgfm em faixas mais lineares de rotações, em função do sofisticado comando de válvulas variável (ShiftCam), que altera o tempo de abertura das válvulas, conforme a necessidade de mais torque, ou potência.
Com a moto mais leve, a relação entre peso e potência, também ficou mais favorável, melhorando a dirigibilidade. Para que o piloto possa vestir ainda mais a S 1000RR pacote M, o quadro em alumínio permite ajustes na balança da suspensão traseira.
A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 45 mm de diâmetro e 120 mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com 117 mm de curso. Ambas, plenamente reguláveis.
O freio dianteiro tem duplo disco de 320 mm com pinça fixa radial de quatro pistões. O freio traseiro tem disco único de 220 mm com pinça flutuante de um pistão.
Eletrônica
A eletrônica conta com os modos de pilotagem Rain (chuva), Road (estrada), Dynamic (mais forte) e Race (competições). O pacote esportivo para pistas inclui o modo Race Pro, com três níveis ajustáveis para as funções controle de tração, freio motor, resposta do acelerador e dosagem do sistema ABS de curvas sob a supervisão da central de medição inercial de seis eixos.
Esta central monitora a inclinação lateral, longitudinal, aceleração, desaceleração, rotação do motor e abertura do acelerador, para estabelecer o grau de interferência no controle de tração, pressão do ABS, freio motor e modos de pilotagem.
Tem ainda controle de largada (que não deixa a dianteira empinar, ou empinar pouco), limitador de velocidade (para entrar nos boxes na velocidade determinada), assistente de marcha (quick shifter) bidirecional e suspensões semi-ativas.
O painel é em tela TFT colorida com 6,5 polegadas com vários tipos de apresentação, inclusive para pistas que privilegia o conta-giros e fornece o tempo de volta.
A General Motors não ia perder a oportunidade de lançar o seu novo Onix hatch numa versão esportivada; ou seja: incrementos estéticos para quem não se importa com o mesmo desempenho, será o Onix RS.
Ele terá os recursos decorativos de sempre, incluindo rodas 16” em preto fosco, o inevitável aerofólio incrementado no alto da tampa traseira; o acabamento interno, que recorre ao vermelho cor de sangue e o mesmíssimo motor 1.0, três cilindros, turbo, de 116 cavalos.
Não se sabe porque razão a GM não tirou da prateleira o motor 1.2 turbo prontinho; com 133 cavalos, 17 mais que o 1.0. O novo Onix RS tem lançamento previsto para setembro.
Para os fabricantes de carros, sejam eles nacionais ou de outros países, entender os desejos dos consumidores é um grande desafio. Geralmente, a aposta mais segura é participar de segmentos já consolidados, que têm boa participação no mercado. Mas existe outra possibilidade: entrar em nichos inexplorados.
Nesse caso, os riscos são maiores, pois é impossível prever precisamente como será a reação do público a um produto fora do padrão. Porém, se a aceitação for boa, o veículo permanece sem concorrentes diretos por algum tempo. Ademais, quando algum similar enfim for desenvolvido, o pioneiro já terá imagem forte e, consequentemente, compradores fiéis.
O AutoPapo enumerou 8 desses modelos: a relação é composta unicamente por carros nacionais, de diferentes marcas e modelos. Confira o listão:
8 carros nacionais que criaram novos segmentos:
1. Fiat 147 Pick-up
Até o fim dos anos 70, quem precisava de uma caminhonete só tinha à disposição modelos de grande porte, construídos sobre chassi. A Fiat viu uma oportunidade e, em 1978, lançou um utilitário baseado no 147, batizado simplesmente de Pick-up.
Menor, mais barata e econômica que os similares de então, o modelo acabou criando um segmento inédito para os carros nacionais. Na década seguinte, essa categoria já era disputada por Ford Pampa, Volkswagen Saveiro e Chevrolet Chevy 500.
A Fiat fez vários aperfeiçoamentos na caminhonetinha até substituí-la pelo Fiorino Pick-up, que, por sua vez, deu lugar à Strada. Essa última, inclusive, voltou a inovar quando ganhou opções de cabine estendida e, posteriormente, de cabine dupla. Recentemente, o modelo ganhou uma nova geração.
2. Fiat Uno Mille
O ano era 1990. O governo havia modificado os critérios de cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): até então, veículos com motores menores que 1.0 eram tributados com uma alíquota de 40%. A partir dessa cilindrada, o percentual era menor: 35%.
Naquele ano, a alíquota de IPI passou a ser de 20% na faixa até 1.0: motores de maior cilindrada permaneceriam tributados em 35%. Criou-se, então, o chamado carro popular. Inicialmente, a maior beneficiada seria a Gurgel, com sua linha de subcompactos equipados com propulsores de 800 cm³.
A Fiat, porém, agiu rápido. A empresa simplesmente reduziu a cilindrada do motor que havia movido o 147, de 1.049 cm³ para 994 cm³ (1.0, arredondando-se): para tal, bastou desenvolver um virabrequim de curso mais curto. Surgia, então, o Uno Mille, que nadou de braçada na onda da isenção fiscal.
Os primeiros carros nacionais semelhantes, o Chevrolet Chevette Júnior e o Ford Escort Hobby, só surgiram dois anos depois. Mais leve e moderno, o Uno Mille lidava melhor com o motor de baixa cilindrada e só ganhou o primeiro concorrente de peso em 1994: o Corsa. Àquela altura, porém, o hatch da Fiat já estava consolidado no mercado, tanto que só saiu de linha de 2013.
3. Fiat Palio Weekend Adventure
Outro nicho que a Fiat soube identificar muito bem foi o dos aventureiros urbanos. Ainda nos anos 90, o fabricante percebeu que alguns consumidores apreciavam a estética dos carros off-road, mas não necessariamente precisavam de tração 4×4 e de outros recursos para enfrentar trilhas, então disponíveis nos modelos nacionais com esse tipo de proposta.
É que a maioria dos proprietários desses veículos não enfrentava grandes obstáculos: a utilização fora do asfalto restringia-se a alguns quilômetros em estradas rurais, para chegar a sítios ou a atrações naturais. Portanto, bastaria um visual caprichado e uma suspensão reforçada e elevada.
Com base nessas constatações, a Fiat criou a versão Adventure da Palio Weekend, que chegou ao mercado em 1999. A suspensão elevada agradou em cheio: além de manter o veículo livre de esbarrões contra o solo, ainda colocava o motorista em posição mais alta que os demais, numa época em que pouquíssimos SUVs circulavam pelas cidades.
A nova versão logo tornou-se a mais vendida da gama da Palio Weekend. O sucesso fez a Fiat estender a linha Adventure para vários de seus veículos e outros fabricantes adotaram a mesma fórmula. Desde então, o mercado brasileiro passou a contar com hatches, picapes, monovolumes e até sedãs com suspensão elevada.
Por sua vez, a Palio Weekend contou com a versão Adventure até sair de linha neste ano. Tanto em vendas quanto em longevidade, a peruinha aventureira da Fiat superou todas as concorrentes diretas que teve, entre as quais 206 e 207 Escapade, da Peugeot, Parati Crossover e SpaceCross, ambas da Volkswagen.
4. Ford EcoSport
Não foi apenas a Fiat que percebeu o desejo dos consumidores por veículos com suspensão elevada e estética off-road. A Ford também explorou esse nicho, mas, em vez de supri-lo com uma versão aventureira de um modelo já existente, criou um produto inédito: o EcoSport, baseado na plataforma do compacto Fiesta.
Lançado em 2003, o EcoSport tornou-se o primeiro SUV compacto entre todos os carros nacionais. O modelo permaneceu sem concorrentes diretos até 2011, quando a Renault apresentou o Duster. Desde então, praticamente todos fabricantes investiram nesse segmento, que passou a ser um dos mais importantes do mercado brasileiro.
Embora a Ford também afirme que a maioria dos consumidores não faz uso da tração 4×4, disponibiliza esse recurso para o EcoSport desde 2004. O modelo é, até hoje, um dos poucos a contar com essa opção, apesar de as vendas realmente concentrarem-se nas versões com tração dianteira.
5. Ford Pampa e Belina 4×4
Quase 20 anos antes de lançar o EcoSport, mais precisamente em 1984, a Ford apresentou uma linha de carros que tinha proposta inversa, mas também inédita entre os nacionais: apresentavam poucas diferenças visuais em relação às demais versões, porém podiam, de fato, encarar desafios fora de estrada. Os veículos em questão são a Pampa e a Belina com tração 4×4.
Com a picape e a perua derivadas do Corcel, a Ford inovou ao disponibilizar a tração total em veículos que mantinham-se práticos e confortáveis para uso diário. Além disso, tinam preços acessíveis para os padrões da época.
É verdade que o sistema de tração 4×4 desses modelos tinha uma grande limitação: ausência de diferencial central. Sem esse recurso para compensar as diferenças de rotação, o diferencial traseiro e o eixo cardã sofriam enorme desgaste. Por isso, o mecanismo só podia ser acionado em baixa velocidade e em linha reta.
Desse modo, muitos proprietários tiveram problemas e os dois modelos adquiriram má-fama no mercado. A Belina 4×4 acabou saindo de linha precocemente, em 1987. A Pampa, que tinha uma suspensão traseira de menor curso, devido à utilização de molas semi-elípticas, era menos propensa a falhas e durou até 1991.
Apesar dos percalços, Pampa e Belina 4×4 são, ainda hoje veículos sem similares no mercado brasileiro. Não por acaso, os exemplares sobreviventes tornaram-se cobiçados por colecionadores.
6. Chevrolet Corsa
A chegada do Corsa ao mercado foi praticamente uma reinvenção da fórmula do Mille. A Chevrolet optou por um compacto moderno, arredondado e, para um popular, até sofisticado. Tais características opunham-se às do compacto da Fiat, quadrado, despojado e criado a partir de um projeto que, então, já existia há 10 anos no Brasil.
Alinhado com o similar europeu, o Corsa incorporou itens que, na época, simplesmente não existiam no segmento. O motor 1.0 tinha injeção eletrônica (monoponto, mas já mais avançada que o carburador dos concorrentes), enquanto a lista de opcionais oferecia ar-condicionado e direção hidráulica, equipamentos que não eram comuns nem nos segmentos superiores.
A resposta dos consumidores superou as expectativas do fabricante: imediatamente após o lançamento, em 1994, formaram-se enormes filas de espera. A produção não conseguiria suprir a demanda de imediato, e as concessionárias cobravam sobrepreço. A Chevrolet chegou a veicular uma campanha publicitária pedindo que os interessados aguardassem alguns meses.
Claro, a trilha do Corsa foi, de certo modo, seguida pela concorrência. A própria Fiat lançou a versão ELX do Mille, com acabamento aprimorado e mais equipamentos. A partir de então, os carros com proposta popular começaram a se descolar da imagem de despojamento. Não são raros, inclusive, os fabricantes que mantém duas linhas de compactos, uma das quais mais sofisticada.
7. Volkswagen Kombi
Integrante da primeira leva de carros nacionais (começou a ser fabricada no Brasil em 1957), a Volkswagen Kombi é um modelo com características muito particulares. Tanto que, ao sair de linha 56 anos depois, em 2013, deixou uma lacuna no mercado. Afinal, outras vans do tipo multiuso sempre foram maiores e mais caras.
Por sua vez, a Kombi consegue acomodar nove ocupantes ou uma tonelada de carga. Isso apesar do comprimento relativamente compacto, de aproximadamente 4,5 metros. Junte-se a isso o preço de compra acessível e a manutenção simples: pronto, está explicado porque a produção durou tanto tempo.
É inegável que, nas últimas décadas, a idade do projeto trazia desvantagens nítidas à Kombi. A segurança pouco evoluiu, a ponto de a saída do mercado ter sido causada pela impossibilidade de adequá-la à nova legislação. O conforto a bordo também nunca foi um ponto alto.
O fato é que as qualidades parecem ter falado mais alto. A Kombi ocupou uma posição tão única no mercado que nunca enfrentou concorrentes com iguais características: nem a própria Volkswagen conseguiu substituí-la diretamente. Hoje, exemplares antigos são muito valorizados tanto no Brasil quanto no exterior.
8. Renault Duster Oroch
Qual foi a primeira picape a ocupar a lacuna entre as compactas e as grandes? Quem respondeu Fiat Toro, errou, pois seis meses antes dela a Renault já havia colocado a Oroch no mercado. Em relação às similares menores, o modelo oferecia maior espaço interno e opção de motor 2.0. Isso, porém, com porte bem mais amigável às cidades que as caminhonetes maiores.
Do ponto de vista comercial, o pioneirismo da Oroch não representou sucesso. A Toro, apesar de ter chegado um pouco depois, obteve vendas bem superiores, graças a exclusividades como o motor a diesel. Também parecem ter pesado a falta de tradição da Renault no segmento de picapes e a derivação do Duster, enquanto a concorrente tem carroceria própria.
Vale destacar, entretanto, que em outros mercados, como o da Argentina e o da Colômbia, a Oroch vem obtendo bons resultados mercadológicos. A Renault, inclusive, encorajou-se a vender uma versão 4×4 da picape nesses países. Ironicamente, essa versão é fabricada no Brasil, mas só para exportação.
Sabe quando nada dá certo naquela esquina? Padaria, posto, farmácia, nem sapataria. Dizem estar enterrada ali uma “caveira de burro”.
Projetos da indústria automobilística também passam por este pesadelo: começam mal e vão assim até serem abortados. E representam centenas de milhões de dólares jogados no lixo.
Caso recente foi o projeto entre Mercedes-Benz e Aliança Renault-Nissan para desenvolvimento conjunto de uma picape para as três marcas.
A plataforma básica é a da atual Nissan Frontier, com produção iniciada no México e depois também na Argentina. A Renault iria “de carona” no projeto, diferenciando-se da japonesa por detalhes na carroceria e logotipos.
A Mercedes-Benz foi além, modificando carroceria e chassis e um motor V6 (258 cv) além do básico (190 cv) que equiparia as três. A cabine da Classe X estava mais para automóvel premium que picape.
Da fábrica argentina da Nissan, em Córdoba, viriam também para nosso mercado as três picapes. Ela iniciou a produção da Frontier em 2018, e depois viriam as outras duas.
A Mercedes iniciou a fabricação da Classe X na fábrica da Nissan em Barcelona (Espanha) em 2017. Um fracasso de vendas na Europa, pois a mais barata (R$ 250 mil) era similar à própria Frontier. A mais luxuosa, com motor V6 custava quase 40% mais (R$ 340 mil reais) por um veículo que não atrai europeus como os norte-americanos.
Em maio deste ano, antes de completar três anos de produção, o projeto foi totalmente abortado, incluindo a fábrica na Argentina, que não tinha sequer iniciado a fabricação. A empresa não revela quanto, mas certamente um desfalque no caixa de mais de bilhão de euros.
A Nissan Frontier? Vai bem, obrigado, mas a Renault Alaskan, sua irmã francesa, só está confirmada para o mercado argentino, com vinda incerta para o Brasil.
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Caveira em Minas
Outra caveira de burro? Está enterrada em Juiz de Fora, onde a Mercedes teve outro considerável revés ao erguer uma fábrica para produzir o compacto Classe A em 1999. Problemas cambiais encareceram sua fabricação, inviabilizaram sua presença no mercado e teve sua produção encerrada em 2005.
Em 2001, a ociosidade da linha foi preenchida com a montagem de automóveis Classe C, até 2010, para exportação. Na falta de outra solução, adaptou a fábrica para produzir caminhões até o ano passado quando desativou a linha e passou a fabricar cabines para sua linha de pesados. A fábrica de JF é um verdadeiro “elefante branco”…
Outra empresa que se deu mal por aqui foi a norte-americana Chrysler. O primeiro capítulo foi na década de 50, quando a Brasmotor montou alguns de seus automóveis em regime de CKD.
O segundo foi em 1967 com a compra da Simca do Brasil e durou até 1981 quando interrompeu a produção dos automóveis Dart e Polara. Ainda manteve um caminhão em linha até 1984.
O terceiro tropeção foi a joint-venture com a BMW: associaram-se para implantar a Tritec em Campo Largo, no Paraná, fábrica para produzir motores para a alemã (Mini) e Dodge (PT Cruiser e Neon) entre 1997 e 2007, quando a BMW saiu da sociedade. Em 2008 as instalações foram vendidas para a Fiat Automóveis.
Também houve um quarto: entre 1998 e 2002 quando, como DaimlerChrysler, produziu no Paraná a picape Dakota.
Alfa Romeo no Brasil
Pode não ter sido caveira de burro, mas a italiana Alfa Romeo foi outra que deu com os burros n’água em solo brasileiro. Com os caminhões FNM e o automóvel JK 2000 (depois FNM 2150) produzidos em Duque de Caxias (RJ). E com o Alfa 2300, que teve morte decretada em 1986, já na fábrica da Fiat (detentora da marca) em Betim, onde foram montadas suas últimas unidades.
Além de a produção não ter dado certo no Brasil, a Fiat errou a mão também na importação iniciada em 1990 e a marca, apesar de famosa, acabou sendo enterrada (ao lado da tal caveira?) para tristeza de sua legião de fanáticos.